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Líder contra corrupção na Fifa não vai investigar o passado

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O presidente Blatter e o novo xerife anticorrupção. Cortina de fumaça? Foto: Fifa

  Para executar o que chama de uma “limpa” na entidade mundial do futebol, tentando aplacar a crescente onda de desconfiança da opinião pública, a Fifa contratou Mark Pieth, professor de Direito Penal e Criminologia da Universidade de Basel (Suíça), como o líder do novo Comitê Independente de Governança, criado para tomar conta da reforma no lado moral da instituição.
  Curiosamente, contudo, ele já assumiu destacando que seu papel diz respeito somente ao futuro. Mesmo reconhecendo que suspeitas como uma possível fraude eleitoral na escolha das sedes da Copa do Mundo precisam ser investigadas, ele afirmou que essa atribuição não está ligada ao seu trabalho. “Nós somos treinados para levá-los de volta para o caminho da virtude. Tenho de tomar uma decisão. Ou eu vou para o passado ou vou para o futuro”, concluiu.
  Pieth afirmou que a Fifa deve considerar a possibilidade de suspender dirigentes que estão sob investigação criminal, como parte dos esforços para limpar a federação. Em um relatório preliminar contendo as reformas propostas e apresentado em Zurique (Suíça), Pieth declarou que a entidade precisa tornar a eleição de seus presidentes mais transparente e impor limites nos mandatos dos dirigentes em uma tentativa de evitar a construção de alianças que possam resultar em troca de favores.
  Além disso, disse que a Fifa deve procurar avaliar possíveis conflitos de interesse na relação com seus membros. “Estamos falando de assuntos sérios aqui, e nem todo mundo vai gostar disso. A Fifa é responsável por suas 208 federações associadas, que, por sua vez, são beneficiárias das receitas da Fifa. Talvez até dependentes financeiramente desses recursos. Outras medidas preventivas que assegurem a transparência e responsabilidade na suas relações com os membros devem ser tomadas na área de contribuições financeiras para o desenvolvimento do futebol em países e regiões”, destacou.
  O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, por sua vez, alertou que o trabalho de limpeza moral da entidade máxima do futebol mundial pode durar até dois anos. Em 2011, a federação teve de lidar com suspeitas de corrupção no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 e com um escândalo que derrubou vários dirigentes da alta cúpula, como Mohamed Bin Hammam, ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol.
  “Estamos trabalhando. O objetivo não é garantir que não aconteça novamente. Quem pode dizer que isso vai acontecer de novo? Ninguém. Estamos falando sobre seres humanos – eles podem fazer o que quiserem. É como controlar a velocidade. Para se certificar de que haverá menos acidentes na estrada, é necessário ter mais câmeras e que a visibilidade seja melhor. Dessa forma, podemos monitorar, rastrear e punir quem estiver agindo de forma errada dentro do sistema”, disse Valcke.
  Porém, a própria contratação do especialista anticorrupção já rendeu polêmicas, com o fim da consultoria da Transparência Internacional (TI), que questionou a independência do conselho, já que o novo profissional receberá salários da Fifa pelo trabalho.
Fonte: Diário de Negócios Soccerex

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